Com reoneração dos combustíveis, gasolina custará mais de R$ 6 no Brasil, diz deputado

Segundo Danilo Forte, autor da lei que limitou o ICMS da gasolina, governo Lula vai aumentar a inflação e o desequilíbrio econômico no país com a medida sobre os impostos

  • Por Jovem Pan
  • 28/02/2023 09h52 - Atualizado em 28/02/2023 12h23
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Paulo Sérgio/Câmara dos Deputados Deputado Danilo Forte Deputado Danilo Forte foi autor da lei que limitou o ICMS dos combustíveis

O deputado federal Danilo Forte (União-CE), autor da lei que limitou o ICMS dos combustíveis, afirmou que o preço da gasolina vai disparar novamente no país caso a reoneração seja efetuada pelo atual governo. “A gasolina vai voltar, com certeza, a custar mais de R$ 6 em todo o Brasil, chegando a quase R$ 7 nas regiões mais periféricas”, disse. A declaração foi dada em entrevista ao vivo para o Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, nesta terça-feira, 28. Forte ainda ressaltou sua preocupação com o aumento do desequilíbrio econômico, da inflação e do desemprego no Brasil como consequências da reoneração. Para ele, a medida gera instabilidade no país.

“Minha preocupação é com a inflação porque quem paga essa conta são os mais pobres, porque os ricos e empresários repassam o custo. Agora quem recebe salário e aposentadoria não tem para que repassar o custo da inflação. Minha preocupação é justamente essa, a insegurança que o governo está gerando logo no início da gestão. A ansia arrecadatória é muito forte. Nós não podemos penalizar ainda mais o povo brasileiro. Os salários estão achatados. A média salarial do Brasil é muito baixa. Nós não temos perspectiva de uma distribuição de renda mais contundente para fazer com que a atividade circulante cresça, estamos em um momento recessivo. Um pacote de maldade agora pode ser muito ruim para um governo que precisa se iniciar com equilíbrio. O governo tinha como pauta a reforma tributária e a âncora fiscal. O governo precisa colocar suas propostas dentro do Congresso Nacional para dar, inclusive, tranquilidade aos agentes econômicos, e não gerar essa instabilidade”, afirmou Forte.

O parlamentar ainda criticou a atual gestão, lembrando que nada foi tratado sobre os impostos dos combustíveis na época em que a PEC da Transição foi votada, abrindo caixa para o governo. “A preocupação é a volta da inflação, da carestia, e as cenas que nós presenciamos, inclusive ontem à noite e hoje de manhã, de filas enormes em postos de abastecimento. Uma cena que a gente não via há décadas no Brasil, trazendo consigo o desequilíbrio das contas públicas. Nós votamos a PEC da Transição e em nenhum momento foi questionada nenhuma possibilidade de furo no orçamento com relação à desoneração, já que nós previmos, inclusive, no orçamento deste ano R$ 52 bilhões para manter a desoneração dos combustíveis. E o governo fez essa opção, buscando ter um superavit, que pode ocasionar um desequilíbrio maior e o transtorno da volta da corrida inflacionária, que é um desastre para todos nós. Estou muito preocupado com essas cenas. Acho que essa falta de firmeza do governo que vai realimentando a cultura inflacionária que o Brasil já tinha vencido. Estou preocupado porque acho que mais imposto é mais carestia, mais inflação e mais desemprego”, finalizou.

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