Com turistas solidários, Inhotim tenta se reinventar após tragédia em Brumadinho
Considerado o maior museu a céu aberto do mundo, Inhotim tenta se reinventar após a tragédia de Brumadinho. O rompimento da barragem da mina do Córrego do Feijão, no dia 25 de janeiro, levou o complexo, que abriga exposições de artes e um enorme acervo de Jardim Botânico, a fechar as portas.
O parque não foi diretamente atingido pela lama, mas a decisão pelo fechamento ocorreu em respeito ao luto das vítimas e familiares da tragédia. Inhotim gera cerca de 400 empregos diretos e 200 indiretos. Quarenta e cinco funcionários do local foram diretamente afetados pelo desastre.
Nos três primeiros meses após o rompimento da barragem, Inhotim teve uma queda de 40% nas visitas se comparado ao mesmo período de anos anteriores. Uma das missões do parque agora é voltar a atrair mais turistas para a cidade de Brumadinho.
A diretora executiva do parque, Renata Bittencourt, afirma que uma programação especial de shows tem sido organizada dentro da instituição.
“Fechamos o parque alguns dias em respeito ao que havia acontecido. Depois reabrimos tentando buscar um funcionamento normal e fortalecido porque sabemos da responsabilidade de Inhotim com esse território e essa comunidade. Nós percebemos que se, em um primeiro momento houve um receio da população em visitar, turistas nos relatam que estão na região em solidariedade.”
Renata ainda lembra que Inhotim foi construído pelas mãos da população de Brumadinho. Em agosto, o parque ainda promoverá um projeto de apresentação de artistas locais.
*Com informações da repórter Victoria Abel
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.