Combate à fome é tema de fórum Brasil-África em São Paulo
A política de alimentação nas escolas públicas brasileiras foi ressaltada como um exemplo para estimular os pequenos agricultores e, assim, colaborar para a redução da pobreza das pessoas que vivem nas áreas rurais e trabalham, principalmente, na agricultura. Esse foi o tema de um dos painéis que compõem o Fórum Brasil África 2019, que teve início nesta terça-feira (12), em São Paulo.
De acordo com o Diretor do Centro de Excelência contra a Fome, Daniel Balaban, o Brasil está apoiando países africanos na criação de um programa semelhante ao brasileiro. “Se você imaginar que o investimento do governo federal é cerca de US$ 2 bilhões, em termos de dólares, 30% são US$ 600 milhões que vão diretamente para os agricultores”, disse.
Segundo ele, esse programa é importante porque ajuda não só 43 mil crianças e adolescentes, que têm comida de graça nas escolas, como também os pequenos agricultores e a economia como um todo.
O fundador e CEO do Brazafric Group of Companies, Marcos Brandalise, afirmou que é o setor privado quem faz a diferença no desenvolvimento dos pequenos agricultores. De acordo com ele, há uma série de iniciativas em reflorestamento, distribuição e no apoio de agricultores e pequenos agricultores.
“Há pessoas que estão adotando excelentes iniciativas lá, apoiando esses agricultores, e eles estão produzindo muito. No Quênia, assim como em muitos outros países africanos, eles são responsáveis por 60% a 70% do total produzido na agricultura”, explicou.
O Fórum Brasil África 2019 termina nesta quarta-feira (13) com painéis sobre democratização do agronegócio e a cooperação entre Alemanha e Brasil para a África. Também serão discutidos o comércio internacional e o uso da água na agricultura.
*Com informações da repórter Nicole Fusco
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