Comércio contabiliza prejuízos por causa de obra parada em cratera de SP
Buraco atrapalha o trânsito e risco de acidentes preocupa moradores e comerciantes da região
Uma cratera está aberta há mais de dois meses em uma via perto do cruzamento da alameda Barão de Limeira com a Eduardo Prado nos Campos Elísios, região central de São Paulo. Comerciantes reclamam da situação, que causa prejuízos, e os pedestres dividem a calçada até com motociclistas por causa do transtorno. “A máquina está parada gastando dinheiro que a gente paga em impostos e única coisa que eles fazem é ‘velar’ o buraco enquanto uma rua que junta a marginal ao centro de São Paulo parou completamente o fluxo e o bairro parou junto”, afirmou um comerciante local que não quis se identificar com medo de retaliações.
Um agente da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) contou à Jovem Pan que fica no local diariamente para evitar acidentes. “Eu notifico porque vai que vem um doido aí, cai ai dentro e morre. Eu falo que está canalizado e cercado. Colocaram esse ‘malotão’ para impedir que o carro venha da rua, suba por cima da calçada e passe por aqui! Um motociclista agora mesmo veio aqui, me viu e voltou”, relatou o funcionário da CET, que também não quis se identificar. A reportagem da Jovem Pan News flagrou motociclistas invadindo o espaço dos pedestres.
Não bastasse o problema de trânsito, as chuvas e o mau cheiro emitido pela cratera também afetam quem frequenta a região. “Já faz mais de dois meses que estão com esta obra e não termina. Os carros estão passando por cima da calçada e eu liguei para a CET e colocaram um cone ali. Quando chove a água vai enchendo e agente tem medo de atingir o prédio e ninguém toma as providências”, alertou José Aldair Valela, zelador de um edifício ao lado da obra.
A Secretaria Municipal de Infraestrutura e Obras informou em nota que contratou em caráter emergencial as obras de recomposição da galeria de águas pluviais e que já foram executados os serviços de escavação para conter o vazamento. O comunicado acrescenta que os trabalhos não estão paralisados e que, por se tratar de uma intervenção de emergência, o prazo para execução é de 180 dias.
*Com informações do repórter Daniel Lian.
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