Comércio de shopping deve gerar 80 mil vagas temporárias no último trimestre de 2021
Apesar da crise econômica, presidente da Alshop acredita que a melhora da situação da pandemia fará as pessoas festejarem o final do ano e que isso deverá levá-las a comprar mais produtos, movimentando a economia
Os lojistas de shoppings estão otimistas em relação as vendas do Dia das Crianças, da Black Friday e do Natal. A previsão do setor é abertura de de 80 mil vagas temporárias neste último trimestre, para atender a demanda das datas comemorativas. A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) acredita na contratação de 94 mil pessoas neste fim de ano, dois terços em shoppings centers, a maior parte em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Paraná.
O presidente da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), Nabil Sahyoun, considera que o avanço da vacinação contra a Covid-19, a maior circulação dos consumidores e a manutenção do auxílio emergencial são fatores favoráveis à recuperação das vendas. “As pessoas não viajaram muito ao longo deste ano, em função do medo, elas têm ficado praticamente nas suas residências, a grande maioria, e nós vamos ter uma festa, eu diria, especial no final deste ano, por todo sofrimento que nós passamos, ficando dentro de casa, isso vai trazer uma alegria no final do ano. As pessoas vão se reunir. Disso eu não tenho a menor dúvida. E isso vai ser regado a presentes, a uma festa por toda a tristeza que nós viemos passando ao longo desse tempo”, afirmou. Segundo a Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), a pandemia gerou 55 mil demissões no Estado de São Paulo e 10% das lojas fecharam as portas definitivamente.
Os 610 shopping instalados no Brasil perderam 12 mil lojas durante a pandemia, sendo a maioria de pequenos empresários. Agora, o setor avalia que pode até superar o desempenho de 2019, antes da crise sanitária do novo coronavírus. O economista da Associação Comercial de São Paulo, Marcel Solimeo, acredita em saldo positivo no fechamento do ano, após a redução dos índices da Covid-19, maior flexibilização e, apesar dos indicadores preocupantes: a alta da inflação, perda de renda e o desemprego muito alto. “O consumidor está preocupado com a situação de hoje, mas com uma expectativa mais positiva para a frente. Nós acreditamos que essa motivação para o Natal vai existir”, afirma.
*Com informações do repórter Marcelo Mattos
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