Comissão externa da Câmara sobre a pandemia intensificará trabalhos

Michel Jesus/Câmara dos Deputados Os parlamentares de todo o país também cobraram do Ministério da Saúde esclarecimentos sobre como está sendo feita a distribuição de EPIs e de testes

A Comissão externa que discute ações de combate ao novo coronavírus na Câmara dos Deputados fará cinco audiências públicas nas próximas semanas. Os debates devem começar com uma análise sobre a atual situação da pandemia no país e perspectivas para o enfrentamento.

Depois, os parlamentares membros do colegiado querem entender como está situação dos equipamentos de proteção individual, os chamados EPIs, e analisar as opções terapêuticas que são consideradas de fato eficazes.

A ideia, segundo a deputada Jandira Feghali, é tentar traçar um panorama sobre como a covid-19 atingirá a sociedade brasileira ao longo dos próximos meses.

A expectativa é que a Comissão Externa se reúna três vezes por semana, justamente para dar mais celeridade às audiências públicas e à análise de propostas de combate à covid-19.

Os membros do colegiado, inclusive, já definiram uma lista de projetos de consenso que foi enviada ao presidente da Casa, deputado Rodrigo Maia. Alguns deles já tinham sido definidos como prioridade pelo parlamentar, mas ainda não chegaram a ser discutidos pelo plenário virtual.

Um deles, por exemplo, prevê medidas imediatas para garantir a saúde e a preservação da vida dos profissionais considerados essenciais ao controle de doenças.

Segundo o autor da proposta, o deputado Dr. Zacharias Calil, a taxa de infecção e de morte de profissionais de saúde é alarmante e é preciso promover ações emergenciais.

Durante a última reunião da Comissão, deputados da região Norte reclamaram da dificuldade de garantir UTIs e equipamentos de proteção individual para a população local em meio à pandemia.

Os parlamentares de todo o país também cobraram do Ministério da Saúde esclarecimentos sobre como está sendo feita a distribuição de EPIs e de testes para verificar a infecção pelo vírus.

Com a mudança no comando da pasta, no entanto, a expectativa da Comissão é que esses questionamentos permaneçam sem respostas por mais algum tempo.

*Com informações do repórter Antonio Maldonado