Comissão da Câmara discute “agroterrorismo” e sabotagem na agricultura nacional

  • Por Jovem Pan
  • 26/04/2018 07h03 - Atualizado em 26/04/2018 07h04
Pixabay De acordo com o oficial de inteligência da Abin, Danilo Coelho, o “agroterrorismo” pode ter efeitos enormes na economia brasileira

Agência Brasileira de Inteligência defende maior preparação do país contra “agroterrorismo” e sabotagem na agricultura nacional.

Durante audiência na Câmara dos Deputados foi ressaltado que o Brasil não possui lista de agentes químico-biológicos que merecem maior atenção por parte das autoridades e que deveriam ser alvo de políticas públicas.

De acordo com o oficial de inteligência da Abin, Danilo Coelho, o “agroterrorismo” pode ter efeitos enormes na economia brasileira: “como, por exemplo, a disseminação intencional da febre aftosa no rebanho bovino. Se houver disseminação intencional o impacto é enorme para a economia nacional”.

Danilo Coelho defendeu a criação de mecanismos para evitar o acesso por parte de pessoas ou organizações de fora do governo a agentes químico-biológicos.

O oficial de inteligência também crê na disseminação de informações, para que agricultores saibam como agir caso encontrem uma praga exótica, uma forma de “agroterrorismo”.

O Brasil já trabalhou com planos de proteção biológica e química em épocas de grandes eventos no país, como a Copa e as Olimpíadas.

O coronel Chamon De Lamare, da subchefia de operações do Ministério da Defesa, defendeu a continuação destes planos: “mas nós precisamos aperfeiçoar e consolidar mecanismos adquiridos por ocasião de série de grandes eventos e não pode morrer este tema”.

A audiência na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional foi solicitada pelo deputado Vinícius de Carvalho (PRB).

As discussões foram motivadas pelos recentes ataques químico-biológicos na Síria, bem como o ex-espião russo que foi envenenado por um agente neurotóxico de uso militar.

*Informações da repórter Nanny Cox

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