Comissão de Ética da Presidência irá investigar uso de aviões da FAB por nove ministros

  • Por Jovem Pan
  • 28/11/2017 06h42 - Atualizado em 28/11/2017 11h42
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Ten.Enilton/Agência Força Aérea Hoje um ministro pode utilizar avião da FAB apenas para viagens a trabalho, não pode aproveitar a carona para voltar para casa nos finais de semana

A Comissão de Ética Pública da Presidência quer investigar o uso de aviões da FAB (Força Aérea Brasileira) por 9 ministros como Hélder Barbalho (Integração Nacional), Leonardo Picciani (Esporte), Ricardo Barros (Saúde), Ronaldo Nogueira (Trabalho), Marcos Pereira (Indústria e Comércio), Gilberto Kassab (Comunicações) e Sarney Filho (Meio Ambiente), como explicou o presidente da Comissão de Ética, Mauro Menezes. “Não estamos aqui a antecipar que tenham eles praticado essas infrações éticas, mas abrimos procedimento para que esses ministros justifiquem não apenas a utilização das aeronaves da FAB como também se essas viagens, tida como viagens a serviço efetivamente foram aproveitadas como tais”.

Hoje um ministro pode utilizar avião da FAB apenas para viagens a trabalho, não pode aproveitar a carona para voltar para casa nos finais de semana.

Os conselheiros decidiram também apurar denúncias de que a ministra dos Direitos Humanos, Luislinda Valois, teria recebido diárias em finais de semana sem agenda oficial. A ministra ficou conhecida por pedir autorização para extrapolar o teto do serviço público e acumular o salário de ministro com a aposentadoria, o que elevaria os vencimentos de Valois para mais de R$ 60 mil.

No pedido ao Ministério do Planejamento, ela argumentou que só escravo não recebe por seu trabalho.

Todos os investigados terão 10 dias para apresentar justificativas e defesa.

O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Jr., também foi advertido, por ter se referido a funcionários da empresa com termos depreciativos.

Em encontro com sindicalistas ele teria dito que parte da diretoria seria formada por “safados” e “vagabundos”. A Comissão de Ética decidiu ainda abrir investigação contra o presidente da EBC, Empresa Brasil de Comunicação, Laerte Rimoli, por ter compartilhado nas redes sociais imagens ironizando declarações da atriz Taís Araújo sobre o racismo no Brasil. Ele deletou as postagens e pediu desculpas.

*Informações da repórter Luciana Verdolin

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