Comissão que investiga morte de Marielle discute medidas de combate à violência

  • Por Jovem Pan
  • 30/11/2018 07h28 - Atualizado em 30/11/2018 07h47
Arquivo/Guilherme Cunha/Alerj Marielle Franco Um relatório com os dados apresentados na comissão externa e propostas discutidas com a sociedade civil deve ser elaborado e apresentado pelos parlamentares até o final do ano

A comissão externa que investiga os assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em 14 de março, se reuniu para discutir propostas e políticas públicas para prevenir, combater e solucionar episódios de violência.

A audiência pública foi solicitada pelo deputado federal Glauber Braga, do PSOL, que comandou a sessão desta quinta-feira (29).

Uma das convidadas da comissão foi a coordenadora de Pesquisa, políticas e advocacia da Anistia Internacional no Brasil, Renata Neder. Para ela, a morte de defensores dos direitos humanos tem um grande impacto na sociedade.

Neder afirmou ainda que o assassinato de Marielle Franco foi um ataque aos outros defensores de direitos humanos e às instituições democráticas.

O assessor de advocacia do Instituto Sou da Paz, Felippe Marques Angelli, defendeu a política nacional de controle de arma de fogo e munição. Ele apontou que é preciso buscar melhorias no quadro de Segurança Pública que, segundo ele, é uma tragédia.

Já Isabel Seixas de Figueiredo, que atua no Conselho de Administração do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, lamentou a falta de informações sobre os homicídios no Brasil. Ela destacou a crise enfrentada nos últimos anos pelos policiais civis.

Os familiares de Marielle Franco também estiveram na audiência pública. O pai da vereadora, Antonio da Silva Neto, cobrou a resolução do caso e reclamou das dificuldades de se elucidá-lo.

Um relatório com os dados apresentados na comissão externa e propostas discutidas com a sociedade civil deve ser elaborado e apresentado pelos parlamentares até o final do ano.

*Informações do repórter Matheus Meirelles

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