Compra da XP Investimentos pelo Itaú é “aprovada com ressalvas” pelo Cade
A Superintendência-Geral do Cade recomenda a aprovação com restrições da compra da XP Investimentos pelo banco Itaú.
O negócio foi anunciado em maio e prevê a aquisição de 49,9% das ações da corretora de valores.
Segundo o Conselho Administrativo de Defesa Econômica, a operação está submetida a duas exigências. Uma delas é o compromisso de não-ingerência do Itaú e de seus indicados sobre questões comerciais do negócio XP. A outra é a redução de barreiras à entrada e ao desenvolvimento de novos participantes no segmento de plataformas abertas de investimentos.
A preocupação do Cade é que seja reduzida ou até eliminada a concorrência entre a XP e os bancos, o que, segundo o órgão, seria prejudicial ao mercado.
Os conselheiros enaltecem o modelo desenvolvido pela XP, por meio de uma plataforma de arquitetura aberta, em contraposição ao modelo “fechado” no qual atuam os gigantes do setor bancário.
O Cade avalia que o modelo fomenta a competição não apenas entre as novas plataformas e bancos, mas entre os emissores e gestores independentes que inserem seus produtos nesses sistemas.
O Tribunal do Cade, responsável pela decisão final, tem um prazo de até 330 dias para emitir o parecer final.
Se não houver decisão nesse período, a operação será aprovada por decurso de prazo.
*Informações do repórter Vitor Brown
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