Concorrente propõe que toda construção e operação do novo Ceagesp seja privada
Uma das concorrentes do projeto do novo Ceasa pode construir um entreposto particular se o Estado mantiver a ideia de concessão.
O Nesp, empresa formada por um grupo de permissionários da atual Ceagesp, propõe que toda a construção e operação do espaço seja privada. Na visão da companhia, o poder público seria chamado apenas para realizar as atividades de fiscalização e inspeção sanitária.
O presidente da empresa, Sérgio Benassi, disse que, com o novo empreendimento sendo erguido do zero, o governo de São Paulo não teria o que conceder: “o governo está oferecendo uma concessão, mas ele não tem nada para nos conceder. Então outros grupos que aceitaram modelo de concessão, não sei o que eles têm para entregar. Mas como temos tudo, não podemos entregar nada”.
A reportagem procurou os outros três concorrentes para saber os planos deles para implantação do novo Ceasa, mas nenhum deles quis dar entrevista.
A Secretaria Estadual da Agricultura de São Paulo também foi procurada, mas não respondeu sobre a proposta apresentada pelo Nesp.
Durante a apresentação dos projetos para a construção do novo entreposto, o governo manifestou que quer uma concessão ou PPP.
Na ocasião, o secretário-adjunto de Agricultura, Rubens Naman Rizek Júnior, disse que é mais barato fazer um novo Ceasa do que reformar a estrutura atual: “um investimento hoje para adaptar nosso Ceasa àquilo que precisamos seria muito alto que justifica que o investimento seja feito em outra região”.
As propostas apresentadas contemplam terrenos no bairro paulistano de Perus e nas cidades de Barueri e Santana de Parnaíba.
O governo de São Paulo colocou como pré-requisito que todos projetos tenham ligação prevista ou já existente com o Rodoanel.
*Informações do repórter Tiago Muniz
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