Condições extremas deixam Estados Unidos em alerta para frio intenso
Os norte-americanos devem enfrentar a onda de frio mais intensa das últimas décadas. Uma massa de ar gelado em rotação, conhecida como vórtice polar, é a culpada por fazer a temperatura chegar a quase – 53ºC.
O brasileiro Henrique Do Valle, que está em Nova Jersey, fez imagens do lago Hopatcong completamente congelado.
No entanto, quem mais sofre com o frio intenso é o centro-oeste dos Estados Unidos. Michigan, Wisconsin e Illinois, além de Alabama e Mississipi, mais ao sul, já declararam estado de emergência.
De acordo com a imprensa local, especialistas do Serviço Nacional de Meteorologia preveem que a cidade de Chicago tenha sensação térmica pior que o frio do Everest e da Antártica.
A entidade alerta que existe a possibilidade de uma pessoa congelar em menos de dez minutos se sair ao ar livre em circunstâncias extremas.
Autoridades do estado de Iowa chegaram a pedir que a população “evite respirar fundo e minimize conversas” na rua. Nas redes sociais, diversas pessoas publicaram vídeos mostrando a situação em Chicago.
Um deles despeja um copo de água no ar, que vira pó de gelo em segundos.
Os reflexos do frio intenso são escolas fechadas e ausência de serviços públicos. Na manhã de quarta-feira (30), mais de dois mil voos foram cancelados. Trens também ficaram fora de circulação e alguns trilhos precisaram de fogo para manter a malha ferroviária funcionado.
Diversas cidades norte-americanas improvisaram albergues para abrigar a população de rua.
O presidente dos Estados Unidos chegou a usar o frio intenso na região para questionar o aquecimento global. No Twitter, Donald Trump falou sobre as baixas temperaturas e, ironicamente, pediu que o aquecimento global voltasse. Escreveu: “Precisamos de você”.
No entanto, a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional, do próprio governo, retrucou, alegando que “tempestades de inverno não provam que o aquecimento global não está acontecendo”.
*Informações da repórter Marcella Lourenzetto
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