Confiança dos empresários da construção melhorou em julho, diz CNI

Pesquisa mostra otimismo dos empresários com o setor, apesar da crise causada pela pandemia da Covid-19

  • Por Jovem Pan
  • 25/07/2020 08h41 - Atualizado em 25/07/2020 08h42
Elza Fiúza/Agência Brasil homem fazendo uma obra, em cima de uma escada A falta de demanda, por conta do isolamento social foi o principal problema apontado pelos empresários da construção no segundo semestre de 2020

A pesquisa Sondagem Indústria da Construção, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta sexta-feira, 24, mostra otimismo dos empresários com o setor, apesar da crise causada pela pandemia da Covid-19. Em uma linha de 0 a 100 pontos que divide o otimismo e o pessimismo dos empresários, eles afirmaram que esperam uma normalização nos próximos seis meses na estabilidade do nível de atividade (50,1 pontos); queda menos acentuada no emprego (49,4 pontos); em compras de matérias-primas (49,5 pontos) e em novos empreendimentos e serviços (48 pontos). Os resultados são vistos como positivos porque estão pouco abaixo dos 50 pontos numa média geral.

O gerente da CNI, Marcelo Azevedo, destacou a melhora na confiança no mês de julho, principalmente em comparação com os outros três últimos meses. Segundo ele, os índices não mostraram fortes crescimentos, “mas as quedas verificadas já foram muito maiores”, principalmente em relação ao nível de produção e de emprego. “A mesma coisas em relação a capacidade operacional. A ociosidade estava muito grande, mas ela vem melhorando e se reduzindo nos últimos meses. Ainda há uma queda na comparação com antes da pandemia e com o ano passado, mas este tipo de comparação já mostrava um quadro muito pior desde o mês de abril, e essa diferença vem se reduzindo”, destacou.

De acordo com ele, nos meses anteriores, a expectativa do empresariado era “amplamente pessimista” e, em julho, o nível melhorou um pouco. A utilização da capacidade de operação subiu, e a intenção de investimentos também aumentou em relação ao mês passado, numa expectativa mais positiva para o segundo semestre. A falta de demanda, por conta do isolamento social foi o principal problema apontado pelos empresários da construção (32,8% ) no segundo trimestre de 2020.

* Com informações do repórter Marcelo Mattos

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