Confronto entre separatistas e governo deixa 46 mortos e mais de 250 feridos no Iêmen
A guerra civil no Iêmen se agravou no último sábado (10), depois que as forças separatistas do Sul, chamadas de Cordão de Segurança, tomaram o palácio presidencial. Cerca de 40 psesoas morreram e mais de 250 ficaram feridas.
A violência cresceu depois da morte de 36 membros da milícia separatista Primeira Brigada, no dia primeiro de agosto. Seis dias depois, os separatistas tentaram tomar o palácio presidencial de Áden, mas homens leais ao presidente Abdu-Rabbu Mansour Hadi mataram 11 dos separatistas.
O governo acusa os Emirados Árabes Unidos, até então um aliado, de ser o responsável pelo golpe de estado dos separatistas. Por meio das redes sociais, o ministério das Relações Exteriores pediu que os “Emirados cessem imediatamente o apoio financeiro e militar a grupos que se rebelaram contra o Estado”.
Embora a escalada de violência tenha se agravado nas últimas semanas, a guerra civil no país já dura cinco anos. Ela teve início em 2014, quando houve a junção entre Iêmen do Sul e Iêmen do Norte.
Agora, o país está dividido entre as forças leais ao presidente Hadi, aliado da Arábia Saudita, e forças separatistas que não reconhecem a legitimidade dele. Em 2015, o presidente pediu exílio aos sauditas, que até hoje intervém militarmente no país.
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), mais de três milhões de pessoas estão desabrigadas por causa da guerra civil e 24 milhões precisam de assistência.
*Com informações da repórter Nicole Fusco
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.