Congresso irá convocar Joesley e Saud para depor em CPI da JBS
O Congresso se prepara começar as atividades da CPI Mista da JBS. O colegiado, formado por deputados e senadores, pretende investigar o acordo de delação premiada firmado com os executivos Joesley Batista e Ricardo Saud. Para isso, a CPI deve convocar o próprio Joesley a depor.
Nesta segunda-feira (11), ele e Ricardo Saud chegaram a Brasília após serem presos em São Paulo, e vão ficar na capital por pelo menos cinco dias. Nesse tempo, a prisão temporária deles pode ser estendida.
O presidente da CPI, senador Ataídes Oliveira (PSDB) confirmou que Joesley vai ser convocado, assim como outros delatores: “sem sombra de dúvidas. Não sei se virá na primeira ou na segunda semana, mas ele virá. Tanto ele quanto o irmão Wesley, Ricardo Saud e tantos outros”.
Outro que deve ser convocado a falar é o ex-Procurador Marcello Miller. Ele é acusado de ter agido ilegalmente a favor da JBS nos acordos de delação. O pedido de prisão temporária dele foi negado pelo ministro Edson Fachin.
Além das delações, os parlamentares querem questionar empréstimos concedidos à JBS e compra de ações nos governos petistas e o lucro no câmbio pouco antes de prestarem delação.
O senador Álvaro Dias (Podemos) tem uma visão cética. Para ele, a CPI é uma grande encenação: “vamos ser francos, CPI é uma encenação hoje no Congresso Nacional. Eles devem prestar contas à Justiça, sentar no banco dos réus”.
Nesta segunda-feira, a Justiça do Distrito Federal suspendeu o acordo de colaboração do grupo J&F, dono da JBS. De acordo com a decisão, os fatos novos sobre as delações dos executivos exigem uma reavaliação do acordo.
*Informações do repórter Levy Guimarães
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