‘Congresso se ajoelhou’, afirma deputado do PL sobre postura frente a ações do TSE
Em entrevista à Jovem Pan News, Junio Amaral (PL) criticou a multa de R$ 22,9 milhões aplicada por Alexandre de Moraes à legenda
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, rejeitou a ação do Partido Liberal que pede anulação dos votos de mais de 279 mil urnas usadas no segundo turno. O magistrado chamou a ação de “má fé” e afixou uma multa no valor de R$ 22,9 milhões de reais. Para comentar o assunto, o Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, entrevistou o deputado federal Junio Amaral (PL), que fez duras críticas ao ministro e também ao silêncio dos demais parlamentares frente essa situação: “Essa multa de R$ 23 milhões, e esse número é um deboche com a nossa cara. Isso é brincar com a cadeira que esse cara está ocupando. Infelizmente, o Sr. Rodrigo Pacheco está assistindo a tudo isso a troco de quê? Não é só sobre impeachment que estou falando não, protegem esses caras em tudo. Esses caras estão fazendo o que querem do Brasil (…) Infelizmente o Congresso se ajoelhou sim, e mantém-se em grande parte ajoelhado frente a essa turma”.
“Se pessoas responsáveis, como o Sr. Rodrigo Pacheco, não põem um fim a essas ações arbitrárias e ‘justotalitárias’ do Alexandre de Moraes, ele vai terminar de destruir o Brasil”, justificou. O parlamentar também defendeu que o partido tivesse incluído o primeiro turno das eleições na representação, como requisitou o TSE: “Se há vício, se há suspeita e há falta de transparência, e há, não vejo nenhum problema de tratar isso tanto no primeiro quanto no segundo turno. Infelizmente é esse tratamento esdrúxulo que um membro de um poder que se acha dono do país dá a um processo tão importante. Não estamos falando nem sobre o indeferimento do pedido, ou a indiferença com os fatos apresentados, mas o desprezo com os fatos apresentados e com o que contém naquele relatório. Ele sequer se debruçou naquele relatório para emitir sua opinião e para dar suas decisões”.
Junio Amaral afirmou que as decisões de Moraes contra a representação foram ataques diretos ao PL e que o ministro não avaliou os argumentos apresentados: “A Justiça Eleitoral que tratasse de apresentar sua refutação técnica, e não em menos de uma hora desse como lido um relatório com mais de 200 páginas, uma representação grande e bem embasada com esses fundamentos técnicos. Responderam a representação com a faca no pescoço do PL, tentando constranger o partido e achando que ia jogar deputados contra a liderança do partido. Eu não estou nem aí se precisar reconsiderar resultados do primeiro turno, o futuro do Brasil tem que ser colocado como prioridade. Em relação à questão técnica, é isso que me incomoda. Essa indiferença e esse desprezo pelos argumentos técnicos”.
“Não estamos fazendo essa representação e indignação em um momento que o presidente Bolsonaro perdeu a eleição, isso se arrasta há muitos anos. O próprio presidente Bolsonaro, antes de 2018, já vinha falando sobre isso. Que tínhamos que qualificar melhor e reparar esse detalhe, que muita gente ignora, de que são apenas três países, outros países inexpressivos e com democracias nada sólidas, que fazem a utilização dessas urnas. Eu não estou aqui para ficar demonizando as urnas, e não tenho certeza de fraude, assim como a gente não pode ter certeza que o resultado de fato representou a vontade popular. Eu não sou técnico, mas sou um cidadão e um parlamentar que representa milhões de cidadãos que exigem transparência e tranquilidade de saber que o seu voto foi direcionado ao seu candidato”. argumentou.
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