Conselho de Ética da Câmara arquiva processo que poderia cassar João Rodrigues, preso na Papuda
O Conselho de Ética da Câmara arquivou o processo contra o deputado João Rodrigues (PSD), que está preso em Brasília. Ele foi condenado a cinco anos e três meses de prisão por fraude e dispensa de licitação quando era prefeito de Pinhalzinho, em Santa Catarina, em 1999.
O relatório do processo contra ele no Conselho, feito pelo deputado Ronaldo Lessa (PDT), pedia o arquivamento. Segundo o texto, não se pode promover o “afastamento da soberania popular mesmo ciente da acusação em face do afetado, pois ele foi eleito para que ocupasse uma das cadeiras da Câmara”.
Antes da aprovação, por 12 votos a zero, João Rodrigues fez um apelo aos colegas e chorou: “hoje os senhores vão para os seus Estados, e eu não. Eu volto para a Papuda, para continuar vivendo essa sangria por absolutamente nada. Que a justiça seja feita pelo voto, pelo coração e sentimento dos senhores”.
O relatório também alega que os crimes imputados a Rodrigues não poderiam ser analisados pelo Conselho de Ética pois foram cometidos antes do início do mandato.
João Rodrigues foi condenado há 12 anos em segunda instância e ainda aguarda recursos no Supremo Tribunal Federal. Mesmo cumprindo pena desde fevereiro, foi autorizado pelo ministro do Luís Roberto Barroso a continuar exercendo o mandato. Ele pode passar o dia na Câmara e voltar para o Complexo da Papuda à noite.
*Informações do repórter Levy Guimarães
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.