Conselho de Ética da Câmara do Rio solicita cassação do vereador Dr. Jairinho

Sete integrantes votaram a favor de uma representação contra o parlamentar, que está preso suspeito de matar Henry Borel

  • Por Jovem Pan
  • 27/04/2021 06h34 - Atualizado em 27/04/2021 10h51
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Vitor Brugger/AM Press/Estadão Conteúdo Doutor Jairinho é conduzido por um policial, que coloca as mãos em volta de seus ombros Após a abertura do processo, ele tem que ser avaliado e apreciado pela comissão de Justiça

Foi dada a largada nesta segunda-feira, 26, ao processo de cassação do vereador do Rio de Janeiro Dr. Jairinho, acusado de ter matado o enteado Henry Borel. Ontem, a comissão de ética da Câmara Municipal do Rio se reuniu para tratar do tema. Sete integrantes da comissão votaram a favor de uma representação contra o parlamentar, que está preso por conta do crime. Dr. Jairinho pode ser o primeiro vereador da historia da Câmara Municipal do Rio de Janeiro a ser cassado por quebra de decoro. Após a reunião da comissão de ética, o presidente deste conselho, Alexandre Isquierdo, falou sobre a abertura desse processo — que pode resultar na cassação do vereador acusado de matar o próprio enteado. “De forma unanime, hoje estamos saindo daqui com uma representação contra o vereador Jairinho. Apresentamos à mesa diretora para, assim, seguir o rito para um possível processo de cassação de mandato por quebra de decoro.”

O ex-deputado federal e agora vereador Chico Alencar também falou sobre a abertura desse processo de impeachment contra Dr. Jairinho. “Nosso entendimento é de que há elementos muito robustos que caracterizam a quebra do decoro parlamentar, além dessa acusação de homicídio e tráfico de influencia, um comportamento violento. Tudo o que o coloca em oposição a dignidade do mandato.” Após a abertura do processo, ele tem que ser avaliado e apreciado pela comissão de Justiça. Posteriormente será montada a comissão com relator e representante — que vão avaliar a possibilidade de cassação ou não. E essa cassação será, futuramente, definida no plenário da Casa. Para que ele perca os direitos políticos, são necessários 2/3 dos votos dos vereadores do Rio de Janeiro.

*Com informações do repórter Rodrigo Viga 

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