Setor da construção vê impacto inevitável da paralisação e busca alternativas
Patrões e empregados se unem e chegam e um acordo para minimizar os efeitos do coronavírus no setor da construção e nas vendas. Algumas medidas foram seladas para tentar transpor este período com o menor impacto possível.
O presidente do SINTRACON (Sindicato dos Trabalhadores nas Industrias da Construção Civil de São Paulo), Antonio de Souza Ramalho, enfatiza que é necessário encontrar alternativas para driblar o momento difícil.
“Tudo que for possível, se for necessário suspensão do contrato de trabalho, férias para as pessoas com mais de 60 anos. Estamos tomando todas as medidas possíveis, mas as obras não podem parar, pelo menos por enquanto.”
O diretor do SECOVI, João Crestana, indica que é preciso que as ações sejam seguidas a risca para que a paralisação possa ser superada da melhor maneira.
“Desde o começo do ano, as famílias, como sempre acontece na retração da economia, se voltam para a compra de um imóvel. Infelizmente, o mundo teve esse castigo do coronavírus e o setor imobiliário vai continuar sendo aquela moeda forte que as famílias se agrupam nos momentos difíceis.”
O empresário da construção civil, Ricardo, diz que o entendimento dará fôlego para uma área. Além disso, ele acrescenta que a garantia de segurança sanitária deve contribuir e resguardando os empregos.
“O nosso setor vende bem para entrega futura, temos compromissos com os clientes e não poderemos parar. Por outro lado, temos que olhar sempre para a questão humana, por exemplo, proteção para os trabalhadores, quem não estiver bem vai para casa por alguns dias.”
As vendas já sofrem um abalo considerável. Com isso, alguns corretores tentam o caminho da comercialização online de forma virtual com a clientela. A corretora Vanessa Zaidem explica como está o setor imobiliário.
“O cenário do mercado imobiliário mudou totalmente, os plantões de venda estão fechados ou estão fazendo agendamento com hora marcada. Hoje estamos usando dois recursos: o vídeo do imóvel e a televisita, que seria uma videochamada para evitar fazer visitas presenciais com risco de contaminação.”
Tudo isso leva ao grande desafio. Algumas empresas adotam trabalho remoto para áreas administrativas. Entretanto, nos canteiros de obras estão sendo colocadas medidas de prevenção para evitar a contaminação. O jeito mesmo é se resguardar para que as coisas voltem ao normal o mais rápido possível.
*Com informações do repórter Daniel Lian
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