Contingenciamento no orçamento não atingirá verbas para tratar coronavírus, garante Waldery

  • Por Jovem Pan
  • 12/03/2020 06h16 - Atualizado em 12/03/2020 08h21
FÁTIMA MEIRA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Segundo o secretário especial da Fazenda, Waldery Rodrigues, as possíveis ações para tratar o novo coronavírus não serão atingidas

O ministério da Economia decidiu rever a projeção de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) e reduziu de 2,4% para 2,1 % a estimativa oficial para o crescimento em 2020. O governo admite que a revisão para baixo levou em consideração os efeitos do surto do coronavírus na economia mundial, decisão que foi tomada inclusive, antes da OMC ter declarado a pandemia da doença.

Um dos primeiros efeitos do problema, diante da possibilidade da queda na arrecadação, deverá ser o contingenciamento do orçamento que deverá ser anunciado já na semana que vem. O ministério nega que o governo esteja subestimando o avanço do coronavírus.

No Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro voltou a minimizar os efeitos da doença. Ao ser perguntado sobre a declaração de pandemia, ele evitou comentários, disse que não é médico, e que o que ele ouviu até o momento é que outras gripes mataram mais que o Covid-19.

O secretário especial da Fazenda, Waldery Rodrigues, garante que mesmo com a necessidade de contingenciamento não faltará dinheiro para o atendimento ao possível aumento dos casos no país.

“De fato nós estamos analisando alguns ministérios com maior atenção e, por ordem, o Ministério da Saúde é aquele que estamos, detalhadamente, analisando quais são as ações que precisam estar prontas para as respostas necessária.”

Ainda segundo a equipe econômica, ainda não foi possível avaliar qual será o efeito da crise do petróleo na economia brasileira. Segundo o governo, a instabilidade dos preços no mercado internacional cria dificuldades para empresas e é responsável por elevar as preocupações dos investidores globais.

No final da semana que vem, o governo deverá apresentar a nova estimativa de despesas e receitas que além do coronavírus, crise do petróleo, deverá ser levado em consideração também a escala da cotação do dólar.

Apesar da instabilidade econômica, por enquanto, não há previsão de aumento da inflação que, de acordo com o governo, deverá fechar o ano em cerca de 3,12%. A projeção anterior era de inflação de 3,62 %. Em 2019 a inflação fechou o ano em 4,31%.

*Com informações da repórter Luciana Verdolin.

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