Contratação de Neymar pelo PSG teria impacto em diversas áreas ligadas ao futebol
Às cinco da tarde desta terça-feira (25), em Miami, nos Estados Unidos, o técnico do Paris Saint-Germain Unai Emery e o atacante Edinson Cavani chegavam para uma entrevista coletiva.
Nas últimas horas, jornalistas do mundo inteiro especulavam que o clube francês poderia enfim anunciar a contratação de Neymar.
A ordem era não falar do brasileiro na coletiva, mas Cavani foi questionado se gostaria de ter Neymar como companheiro de time. Ele respondeu: “qualquer jogador gosta de jogar com grandes jogadores”.
O uruguaio disse ainda que no futebol atual se fala muito de mercado. Mas naquele momento, mais de 12 mil pessoas assistiam à transmissão da entrevista apenas nas redes sociais do time de Paris.
Não há como negar que as grandes negociações têm mobilizado muito a atenção do torcedor.
A atual novela de Neymar então já supera qualquer outro folhetim da TV brasileira. O que está na mesa é a maior transferência da história do futebol mundial.
O PSG promete dobrar o salário do atacante para cerca de 30 milhões de euros por ano, ou R$ 110 milhões, e pagar ao Barcelona a multa rescisória do brasileiro, que é de 222 milhões de euros, ou R$ 812 milhões.
Eduardo Muniz é professor da ESPM e consultor em marketing esportivo. Ele acredita que o valor da proposta foi inflado com a possibilidade de utilizar Neymar como garoto-propaganda das empresas ligadas à direção do clube.
O presidente e dono do clube é o ex-jogador de tênis e magnata catari Nasser Al-Khelaifi.
Neymar tem atualmente contrato com 11 marcas. Em Paris, poderia embolsar mais com empresas do Catar, que quer promover a Copa de 2022 no país árabe usando o brasileiro.
Além disso, uma transferência como essa teria um grande impacto em vários setores ligados ao mundo do futebol, como os direitos de transmissão do Campeonato Francês, menos badalado do que outros torneios europeus devido ao desequilíbrio entre os times.
“A gente tem série de fatores que atuam em torno da indústria do futebol, que de alguma maneira são impactados com movimentos como este, como produtos licenciados, direito de TV, movimentação de bilheteria, movimentação em videogames”, disse Eduardo Muniz.
Apesar de todos esses fatores, a escolha final ainda é de Neymar. O zagueiro do Barcelona Gerard Piqué explicou bem em entrevista nesta terça-feira. “A única pessoa que pode dizer sim ou não é o Neymar. Posso sentir, posso intuir, que ele tem vontade de ficar”, afirmou.
*Informações do repórter Victor LaRegina
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