Controlada por Maduro, Suprema Corte venezuelana impede que Guaidó saia do país
O Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela autorizou na noite desta terça-feira (29) a abertura de uma investigação preliminar contra o líder oposicionista Juan Guaidó.
A Suprema Corte venezuelana, que é controlada por Nicolás Maduro, ainda determinou que Guaidó seja proibido de sair do país e tenha suas contas bancárias e bens bloqueados. O pedido havia sido feito mais cedo pelo procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab.
Segundo ele, Guaidó tem responsabilidade nos “eventos ocorridos” desde o dia 22 de janeiro e que “prejudicaram a paz da República, a economia e o patrimônio nacional”. Tarek Saab afirmou que, agora, o Ministério Público vai poder investigar Guaidó.
Comentando o pedido do procurador-geral, Juan Guaidó disse, em sessão da Assembleia Nacional venezuelana, não estar surpreso com a medida. Em entrevista coletiva, Guaidó afirmou que tem como prioridade fazer a transição na Venezuela.
Segundo o autoproclamado presidente, ele vai continuar exercendo as funções executivas amparado na Constituição.
Juan Guaidó se proclamou presidente interino da Venezuela no dia 22 de janeiro. Desde então, Nicolás Maduro e a cúpula militar do país afirmam que a Venezuela sofre uma tentativa de golpe de Estado.
Países como Estados Unidos e Brasil já reconheceram o líder oposicionista como presidente interino da Venezuela. Para esta quarta-feira (30) e para sábado (02), Guaidó convocou novas manifestações contrárias a Nicolás Maduro.
*Informações do repórter Afonso Marangoni
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