Controverso, ‘passaporte sanitário’ da Covid-19 se espalha pelo mundo
Mesmo com muitos protestos, obrigatoriedade do documento que comprova imunização contra doença foi aprovada na França
O passaporte sanitário contra a Covid-19 entrou no cotidiano dos franceses mesmo diante de uma série de protestos que levaram milhares às ruas no país europeu contra a medida. O documento obrigatório foi validado pelo conselho constitucional do país e virou requisito imprescindível para entrar em bares, restaurantes e até mesmo hospitais. A cidade de Paris planeja expedir o certificado também para que turistas possam comprovar que tomaram alguma das vacinas autorizadas pela Agência Europeia de Medicamentos. Entre os países do bloco, apenas Alemanha e Espanha não exigem o “passaporte Covid”. Outros têm uma taxa de vacinação tão baixa que não parecem em condições de considerá-lo. Este é o caso da Bulgária, com 17,8% da população imunizada.
Na América do Norte, o Canadá também planeja emitir um certificado de vacinação para aqueles que estejam totalmente imunizados como uma forma de facilitar viagens internacionais. Os governos regionais também poderão utilizar o documento dentro do país. A partir de 1º de setembro, eventos públicos, bares, restaurantes e academias vão exigir a versão digital ou impressa em Quebec. O passaporte é considerado como mais um método de controle e combate à pandemia do novo coronavírus. Mesmo os países com altas taxas de vacinação cogitam aplicar novas medidas restritivas como tentativa de frear o avanço da variante Delta, mais infecciosa do que outras cepas. Autoridades israelenses já consideram impor um lockdown nacional nos feriados judaicos de setembro, quando as famílias tendem a visitar os avós. Quase 80% da população adulta do país já foi totalmente vacinada, uma das maiores taxas do mundo. Pelo menos 600 mil pessoas idosas foram vacinadas com a terceira dose do imunizante.
*Com informações da repórter Regiane Stella
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