COP-23 começa nesta segunda, e Brasil tem como desafio cumprir metas contra desmatamento
O Brasil vai à Conferência do Clima tendo que resolver o problema do desmatamento em casa enquanto tenta se manter relevante internacionalmente.
A COP-23 começa nesta segunda-feira (06) em Bonn, na Alemanha.
Se, ao longo da última década, o Governo estava conseguindo conter a devastação na Amazônia, o mesmo não aconteceu no ano passado.
O coordenador-geral do Observatório do Clima, André Ferretti, explicou o impacto disso na emissão de gases de efeito estufa: “de 2006 para cá, esse desmatamento foi sendo reduzido, mas nos últimos anos voltou a crescer. De 2015 para 2016, dados mostram que o aumento do desmatamento resultou em cerca de 23% a mais de emissões neste setor em relação ao ano de 2015”.
Ele afirmou ainda que o País está se arriscando a não cumprir as metas anunciadas anteriormente.
Ferretti disse que o relógio está correndo e o desempenho do Brasil tem sido decepcionante: “hoje a gente está desmatando algo em torno de 8 mil a 9 mil metros quadrados só na Amazônia, e a meta total estabelecida pelo Governo brasileiro para 2020 é que o desmatamento não chegue a 4 mil quilômetros quadrados”.
A COP-23 acontece dois anos depois do compromisso internacional pela redução da emissão de gases geradores do efeito estufa.
De lá para cá, os líderes mundiais mudaram e o atual presidente dos Estados Unidos já anunciou a intenção de abandonar o Acordo de Paris.
Donald Trump se pronunciou em junho criticando o pacto, afirmando que se trata de um mau negócio para o país.
O principal objetivo do Acordo de Paris é limitar o aumento médio da temperatura da Terra a 1,5°C até 2100.
*Informações do repórter Tiago Muniz
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