Ministério reduz suspeitas de coronavírus e analisa antecipar campanha contra gripe

  • Por Antônio Maldonado
  • 07/02/2020 06h06
EFE coronavirus Ao todo, já foram descartadas 24 suspeitas no Brasil

Os secretários de saúde dos estados e das capitais do país se reuniram nesta quinta-feira, em Brasília, para discutir detalhes de planos de contingência para lidar com eventuais casos do novo coronavírus. A ideia é alinhar as medidas de prevenção, vigilância e assistência caso alguma suspeita de infecção venha a ser confirmada.

No encontro, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, falou da possibilidade de se adiantar o início da campanha de vacinação contra a gripe, que normalmente começa em abril.

Ele lembrou que ainda não existe imunização específica para o novo coronavírus, mas explicou que a vacina ajudará a diminuir a quantidade de casos suspeitos: “Se eu tiver a disponibilidade, essa pauta, meu fornecedor é o Butantã, então ele é que vai me dizer como vamos fazer a logística. A gente terminando a vacina mais cedo é melhor para todo mundo.”

Como o Brasil é um país continental, os cenários para o enfrentamento de uma possível chegada do coronavírus são bem diferentes à depender da região. Por isso, o governo espera um sinal do Instituto Butantã, que produz as vacinas contra gripe, para definir aonde e para quais grupos as doses serão liberadas primeiro.

De qualquer forma, de acordo com o ministro da saúde, houve um alarde muito grande em relação ao novo coronavírus, que não apresenta tanto risco como se pensava. “Do jeito que está o comportamento do vírus ao redor do mundo, que não tem a transmissão sustentável (…), o vírus não tem essa potência toda. Tem muito de alarme.”

No boletim divulgado durante a reunião, o ministério da Saúde afirma que, no momento, nove casos se enquadram na atual definição de suspeita para o novo coronavírus.

Ao todo, já foram descartadas 24 suspeitas. E o avião com os brasileiros que estavam isolados em Wuhan e serão repatriados pelo governo deve pousar no final de semana na Base Aérea de Anápolis, onde os passageiros ficarão em observação por, pelo menos, 14 dias.

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