Coronavirus: Monitoramento em aeroportos será reforçado e pode ter uso de medidores de temperatura
A Polícia Federal e a Agência Nacional de Inteligência vão monitorar os voos que saírem de países com surto de coronavírus com destino ao Brasil. Nesta semana, o Ministério da Saúde dobrou de oito para 16 o número de países na lista de alerta. Ao menos 2.300 aeronaves vindas de lugares com casos confirmados da doença devem chegar ao país até 30 de março, a maior parte deles da Europa.
São previstos 651 voos da Alemanha, 605 da França, e 519 da Itália. Outros 13 virão da China. Na América Latina, passageiros de um voo do Uruguai com destino ao Brasil receberam orientações antes do embarque.
O ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta, promete atenção redobrada nos aeroportos. “O que a gente está querendo ampliar agora é o uso de aplicativos, para que a pessoa ao descer do voo, no app, coloque nome, telefone, número do voo, cadeira, e ali saiba toda a rede. Digite se tem sintoma de febre, dor de garganta ou ouvido. Ao digitar, imediatamente, aquilo vai para a vigilância de saúde.”
Desde o início da epidemia, passageiros que circulam nos terminas de Roma e Milão, na Itália, passaram a ser monitorados por equipamentos capazes de medir a temperatura corporal, um indicativo de uma possível contaminação pelo novo vírus.
Nos Estados Unidos, Japão, Indonésia e Índia, a tecnologia já é usada há mais tempo. Analista técnico de uma fabricante de scanners corporais, Leonardo Carneiro diz que a câmera térmica é capaz de detectar anomalias sutis. “Ele faz a medição a uma distância entre dois e dez metros da pessoa, medição de calor, temperatura, a uma variação de 20 a 50ºC.”
Câmeras termais foram enviadas para avaliação de aeroportos e companhias aéreas brasileiras, mas não há previsão de uso desses equipamentos no Brasil.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária recomenda a quem desembarcar com sintomas do coronavírus procurar os serviços médicos ainda no aeroporto. Caso haja suspeita de contaminação, o passageiro será encaminhado para um hospital de referência.
* Com informações de Lívia Fernanda
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