Coronavírus não é transmitido para o feto durante a gravidez, afirma obstetra

  • Por Jovem Pan
  • 30/03/2020 11h23 - Atualizado em 30/03/2020 11h24
Pixabay Mulher grávida A médica recomenda que as gestantes mantenham seus planos e se vacinem contra a gripe influenza, disponível em posto de saúde

Até o momento não há casos confirmados de transmissão vertical pelo novo coronavírus, ou seja, da mãe para o feto durante a gravidez. A informação foi dada pela ginecologista e obstetra Camila Massutani em entrevista ao Jornal da Manhã – 2ª Edição.

De acordo com a médica, embora estudos de possíveis casos tenham sido realizados, não há dados conclusivos sobre a possibilidade de contaminação do feto pelo novo vírus. Por isso, a recomendação é que gestante “respire aliviada” e mantenha os cuidados necessários.

Além de manter os cuidados sanitários e as medidas de higiene, a médica recomenda que as gestantes mantenham seus planos e se vacinem contra a gripe influenza, que tem “uma evolução mais grave em gestantes”.

“Não há motivo para interrupção precoce das pacientes. O que temos feito é reduzir a circulação de pessoas nos hospitais, com isso as famílias ficam mais restritas, mas é para um bem maior.”

A respeito da amamentação, Camila também defende a manutenção entre às novas mães. Segundo ela, a amamentação é de suma importância para os bebês e deve ser mantida mesmo se a mãe apresentar “sintomas leves de resfriado”.

“Reforçamos que a mãe use máscaras cirúrgicas e faça a higienização das mãos com álcool gel para reduzir o risco de contaminação. É um momento de vigilância, não é motivo de pânico pras mães, não são (os bebês) o principal grupo de riscos.”

Telemedicina

O Senado Federal pode votar ainda nesta semana a regulamentação do uso da telemedicina durante a pandemia do coronavírus. A obstetra defende o uso para o atendimento, quando possível, das gestantes.

“Nesse momento é fundamental para os profissionais manterem casos já em tratamento. A telemedicina tem ajudado para terminar tratamentos em curso, distinguir quais casos merecem uma avaliação, reduzir o contato e reforçar o isolamento.”

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