Coronel porta-voz diz que intervenção no RJ não vai anunciar promessas, e sim ações
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Duas semanas após ser declarada a intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro, ainda há a expectativa da população fluminense quanto à presença mais ostensiva das Forças Armadas nas ruas e quanto ao que será feito efetivamente para controlar a situação no Estado.
Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, o coronel Roberto Itamar, porta-voz do gabinete de intervenção no RJ, reconheceu que o tempo de vigência do decreto de intervenção, que vai até dia 31 de dezembro deste ano, é pouco tempo.
“Dez meses é muito pouco para um problema que se arrasta e se agrava há décadas. Mas é a contribuição para a qual as Forças Armadas possa contribuir com essa situação. Trabalho é árduo, complexo, não existe solução imediata, mas às vezes as pessoas nos cobram respostas que não existem neste momento e vão aparecer ao longo do tempo. A intervenção não vai anunciar promessas, vai anunciar ações. Temos que dizer ‘estamos fazendo tal coisa’ e não ‘vamos fazer tal coisa’”, explicou.
Sobre a presença ostensiva do corpo de segurança nas ruas, o coronel disse que entende a ansiedade da população, mas justificou que “a questão da segurança nas ruas provida pelas Forças Armadas não é objetivo da intervenção”.
“É preciso que algumas pessoas que pensam dessa maneira corrijam isso. A presença de tropas em operações na forma da lei está sendo realizada desde junho com decreto de Garantia da Lei e da Ordem. A presença de policiamento nas ruas é atribuição constitucional da Polícia Militar. As Forças Armadas não irão substituir forças policiais em suas tarefas constitucionais, por isso disse que não veremos tanques em cada esquina. Intervenção não é militar, é federal”, esclareceu.
Sobre a corrupção presente nas polícias do Rio de Janeiro, o coronel Roberto Itamar ressaltou que é importante resgatar a credibilidade e fortalecer as corregedorias. “A instituição da Polícia Militar não é corrupta. Corruptas são as pessoas que as compõem e são algumas”, disse.
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