Corregedor da PM paulista deixa cargo para se dedicar à carreira de coach
Após anunciar aposentadoria, o atual corregedor da Polícia Militar de São Paulo diz que saída não afeta o andamento das investigações. O coronel Marcelino Fernandes, de 54 anos, ocupava o cargo desde 2017 e entrou para reserva nesta quinta-feira (20).
Marcelino trabalhou por 25 anos no órgão responsável por analisar a conduta e investigar eventuais crimes cometidos por PMs no Estado. O coronel disse à Jovem Pan que avalia positivamente o trabalho na pasta e que todos os possíveis sucessores têm formação técnica e ética para seguir o trabalho
Foi sob o comando de Marcelino Fernandes que a Corregedoria da PM prendeu 53 policiais investigados por corrupção em 2019.
Há uma semana, Marcelino isentou os policiais militares envolvidos no caso do baile funk de Paraisópolis, que deixou nove mortos e doze feridos. Ele sugeriu ao Tribunal da Justiça Militar o arquivamento do caso
A partir de agora, o coronel vai focar na carreira de coach motivacional. Desde 2013, Marcelino Fernandes dá palestras e ministra cursos sobre sucesso profissional e ele já tem milhares de seguidores no Youtube e no Instagram.
O professor da Fundação Getúlio Vargas e membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Rafael Alcadipani, diz que esse tipo de troca de comando é comum. “É comum que coronéis se aposentem e quando saem sejam substituídos. Não vejo prejuízos com essa aposentadoria.”
O tenente-coronel Roney Moreira da Silva, que trabalha no órgão há 10 anos, vai comandar a Corregedoria interinamente até que o nome do novo diretor seja definido.
*Com informações do repórter Leonardo Martins
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