Corregedorias do MP reconhecem legalidade de palestras de Deltan Dallagnol
As Corregedorias do Ministério Público reconheceram legalidade das palestras de Deltan Dallagnol. As reclamações disciplinares que questionavam a atividade foram arquivadas.
Os órgãos entenderam que não há irregularidade nas palestras do procurador da República. As reclamações foram protocoladas em junho pelos deputados do PT, Wadih Damous e Paulo Pimenta.
Em entrevista exclusiva à Jovem Pan, Deltan Dallagnol criticou as acusações injustas e reiterou que a atividade não foi ilegal: “infelizmente uma das formas mais comuns de atacar a Lava Jato é atacar a credibilidade do juiz, dos delegados e procuradores por meio de acusações injustas apontando falsos abusos ou supostas ilegalidades. Um dos ataques foram as palestras que eu fiz. Como era esperado, os órgãos competentes reconheceram a plena regularidade destas palestras”.
A polêmica começou quando foi descoberta uma empresa, em São Paulo, que comercializava palestras do integrante da Lava Jato.
Na época, o procurador admitiu ter recebido o pagamento pela atividade, mas que doou a verba para entidades filantrópicas.
Deltan Dallagnol reiterou ainda a doação do dinheiro proveniente das palestras: “eles reconheceram que eu poderia ter ficado com o dinheiro pago nas palestras, mas eu optei por doar quase integralmente para que as pessoas não tenham dúvida de que o que me move na luta contra a corrupção é o desejo de um país melhor. Por isso, a maior parte das palestras que eu faço continuam gratuitas”.
O procurador declarou que o intuito das palestras é exercer a cidadania em busca de reformas anticorrupção.
Para as Corregedorias do Ministério Público Federal e do Conselho Nacional do Ministério Público, “por qualquer ângulo que se analise a questão, não há que se falar em desvio funcional”.
*Informações da repórter Natacha Mazzaro
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.