Corte de verbas irá parar fiscalização de trabalho escravo e infantil no País

  • Por Jovem Pan
  • 26/07/2017 07h18 - Atualizado em 26/07/2017 11h56
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Reprodução A informação é do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho

O corte de recursos dentro do Ministério do Trabalho e Emprego levará à suspensão da fiscalização do trabalho escravo e infantil já a partir do mês de agosto. A informação é do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho.

A entidade divulgou um documento no qual a pasta do trabalho informava que os recursos das superintendências regionais estão limitados em 30% dos valores previstos para o ano.

Conforme o presidente do Sindicato, Carlos Silva, de R$ 31 milhões previstos na destinação orçamentária para a fiscalização, apenas R$ 10 milhões foram de fato empenhados.

Silva explicou que com isto falta recursos básicos para o trabalho dos auditores: “isso faz faltar orçamento para combustível, para reparos que realizamos nos veículos que precisamos em eventuais quebras, e todo o montante decorrente da logística que leva equipe de auditores e outras autoridades aos rincões do País. Esse Orçamento está esgotado”.

Em nota, o Ministério do Trabalho e Emprego negou que irá suspender as ações de fiscalização.

No entanto, o órgão não esclareceu quanto recurso de fato foi destinado a esta atividade. Nem de que forma pretende mantê-la.

Um levantamento feito pela Comissão Pastoral da Terra revelou que já houve efetiva redução da fiscalização do trabalho escravo e infantil do País este ano.

Segundo o estudo feito pela pastoral, o volume de inspeções mensais em 2017 caiu 58% em relação ao ano passado, enquanto o número de trabalhadores resgatados recuou 76% na comparação com a média mensal de 2016.

*Informações da repórter Helen Braun

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