Corte no número de secretarias de Doria pode significar pouca redução nos gastos estaduais
O corte no número de secretarias anunciado pelo governador eleito de São Paulo João Doria, pode significar uma redução pequena nos gastos estaduais.
Na última semana, a equipe de transição do governo estadual anunciou a diminuição do número de pastas de 25 para 20.
Para viabilizar o corte, o futuro governo promoveu fusões e a criação das supersecretarias.
As pastas de Energia e Mineração, de Recursos Hídricos e de Meio Ambiente, se uniram na futura Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente. As antigas secretarias de Fazenda e Planejamento e Gestão agora se fundiram na denominada Secretaria da Fazenda e Planejamento.
Para o cientista político Rodrigo Prando, as fusões dão mais dinamismo à gestão e aproximam a administração pública de uma realidade social e empresarial que se vive hoje, com menos departamentos e mais conexões.
No entanto, o especialista afirmou que a redução de secretarias se apresenta mais como uma preocupação com a imagem perante o eleitor, do que com um real corte de custos, já que boa parte dos funcionários dessas pastas são concursados.
O cientista político ainda destacou as semelhanças entre as movimentações de transição do futuro governo de João Doria e de Jair Bolsonaro.
As indicações de ex-ministros para o secretariado, segundo Rodrigo Prando, também fazem parte de uma construção de imagem do governador eleito para alcançar a candidatura à presidência nas próximas eleições.
O nome de Henrique Meirelles, ex-ministro da Fazenda e ex-candidato à Presidência, circula como possível indicação à secretaria da Fazenda de Doria. Confirmação que pode acontecer ainda nessa segunda-feira (10).
*Informações da repórter Victoria Abel
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