Corte no Orçamento deve prejudicar repasses e agravar áreas como saúde e segurança

  • Por Jovem Pan
  • 22/07/2017 08h31 - Atualizado em 22/07/2017 10h50
Brasília - Leitos no Hospital de Apoio de Brasília, especializado no tratamento de doenças como câncer em estágio avançado, hemofilias, anemia falciformes e púrpuras Valter Campanato/ABr O Palácio do Planalto admitiu que a crise torna difícil a atuação em todas as áreas do estado

Apesar do aumento de impostos, o bloqueio financeiro de quase R$ 6 bilhões deverá prejudicar repasses a serviços essenciais no País. O quadro pode agravar ainda mais a situação delicada em hospitais públicos, universidades e até nas polícias.

O Palácio do Planalto admitiu que a crise torna difícil a atuação em todas as áreas do estado.

O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, lamentou as dificuldades e fez um apelo ao Congresso: “Nós já estamos operando com nível baixo de receitas da União e com nível muito elevado de contenção de despesas. Nessas circunstancias, encarecemos que o Congresso Nacional aprove as medidas propostas e tenha uma colaboração nesse sentido de ajustamento das contas públicas”, disse.

O ministro voltou a citar a reforma da previdência como forma de conter o rombo no setor.

O economista Raul Veloso, especialista em contas públicas, avaliou que os setores prioritários correm sérios riscos: “as escolhas estão cada vez mais complexas para o Governo. Talvez ele tenha que atrasar algum tipo de pagamento para poder socorrer algum setor prioritário”.

Veloso acrescentou que o alívio na gestão financeira é cada vez mais desafiador.

O presidente da Confederação das Santas Casas, Edson Rogatti, ressaltou que no caso da saúde, a situação está no limite: “alguém vai ser prejudicado nesse corte. Agora, a área da Saúde já está trabalhando no limite”.

De acordo com Edson Rogatti, a dívida das Santas Casas em todo o Brasil chega a R$ 22 bilhões.

A diretora da Associação de Delegados da Polícia Federal em São Paulo, Tânia Prado, teme mais cortes ao longo do segundo semestre: “a PF funciona apesar de todos os cortes orçamentários e estamos com expectativa de situação complicada neste semestre”.

A delegada Tânia Prado citou as dificuldades de recursos para a emissão de passaportes como um exemplo claro da crise.

*Informações do repórter Thiago Uberreich

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