Após vitória socialista, Costa diz que portugueses gostaram da ‘geringonça’

  • Por Jovem Pan
  • 07/10/2019 09h49 - Atualizado em 07/10/2019 09h53
EFE Partido Comunsita e Bloco de Esquerda afirmaram que não pretendem entrar em uma coalizão com partido vencedor

O Partido Socialista (PS) foi o grande vencedor das eleições legislativas de Portugal neste final de semana. Mas, como já era esperado, a sigla não conseguiu alcançar as 116 cadeiras necessárias para governar sozinha na Assembleia da República. 

Os socialistas tiveram 36,65% dos votos, ou 106 cadeiras no total. O partido teve mais votos que toda a direita junta. Em segundo lugar ficou o Partido Social Democrata (PSD), de centro-direita, com 27,9% dos votos e 77 cadeiras. 

O líder do PS e atual primeiro-ministro, António Costa, disse que os portugueses gostaram da geringonça, como é chamada a aliança de governo da esquerda, e que algo semelhante deve ser repetido agora.

Mas as negociações não parecem tão claras assim: os comunistas, que conquistaram 12 cadeiras, já disseram que não pretendem entrar numa coalizão formal desta vez. O mesmo indica o Bloco de Esquerda, que tem 19 cadeiras. 

Reino Unido

Enquanto isso, a União Europeia indicou que vai tomar uma decisão sobre o até o final desta semana. O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, conversou com o presidente francês, Emmanuel Macron, por telefone ontem.

Macron recusou um encontro pessoalmente com Johnson e avisou que o plano apresentado pelo governo de Londres ainda não é o ideal. O continente quer que Johnson apresente novas mudanças em seu plano nos próximos dias, sobretudo em relação à fronteira entre as Irlandas. 

Do lado de cá, Downing Street insiste que não haverá atraso na desfiliação, marcada para 31 de outubro, e que não há novo acordo possível. 

Por isso, cresce a sensação de que um entendimento entre os dois lados até a cúpula dos líderes europeus na semana que vem é improvável, o que complica ainda mais a posição interna do primeiro-ministro, que precisa de um acordo até o dia 19 para não ser forçado a pedir um adiamento do Brexit para 31 de janeiro.

*Com informações do repórter Ulisses Neto

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