Covas admite dificuldades e fala em soluções para SP, mas nega que foco seja reeleição em 2020
No dia do aniversário de São Paulo, o prefeito Bruno Covas (PSDB) tratou das dificuldades encontradas no município e que são seu foco para os próximos meses de sua gestão. Covas também evitou falar de reeleição, e disse que “só tem chance de candidatura se fizer bom trabalho em 2019”.
Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, o tucano foi questionado se as ações que realiza na cidade são com vistas à reeleição no ano que vem. Direto, Covas afirmou que “quem é maldoso pode dizer que qualquer coisa que eu faça é para ficar mais conhecido e me candidatar em 2020. Na verdade, só tem chance de candidatura de 2020, 2022 ou 2024 se fizer um bom trabalho em 2019. O que se colhe na eleição é fruto de trabalho realizado ao longo do tempo”.
Segundo Covas, se sua intenção fosse montar palanque para futura candidatura à reeleição, “não teria 13 dos meus 23 secretários do meu partido. Eu teria loteado em 23 partidos diferentes para ter mais apoio”.
Problemas na cidade
O prefeito confirmou que será publicado nesta sexta-feira (25) um decreto sobre o padrão de calçadas no município. “Devemos ter um grande programa de calçada, R$ 200 milhões com recursos da Prefeitura, vamos poder fazer bastante calçada”, disse.
Hoje, segundo Covas, um terço dos deslocamentos na cidade são feitos a pé.
Sobre a fiação enterrada na cidade, como a da Rua Oscar Freire, Bruno Covas admitiu dificuldades e disse que há uma discussão com a equipe de desestatização para receber investimentos e viabilize o enterramento de cabos com recursos privados.
A respeito das pontes e viadutos, Covas disse que a interdição da ponte da Marginal Tietê que dá acesso à Rodovia Presidente Dutra foi feita “antes que um acidente acontecesse”.
O caso do viaduto que cedeu na Marginal Pinheiros no ano passado foi também o ponto de partida para que a Prefeitura recorresse ao Tribunal de Contas do Município para a contratação emergencial de empresas que realizassem vistorias nas pontes e viadutos da cidade. Entretanto, segundo Covas, foi feita uma ressalva do TCM solicitando primeiro uma inspeção visual para justificar a contratação emergencial.
“Já protocolei ao Tribunal de Contas que possa tirar a ressalva e a gente possa contratar mais laudos para as pontes e viadutos de São Paulo”, disse o prefeito.
No que tange aos atrasos em licitações de ônibus e varrição na cidade, o tucano disse que o atraso só prejudica a população: “porque quando faz contrato emergencial para continuar o serviço você não tem garantia de grandes investimentos para fazer melhoria”.
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