Covas classifica greve de ônibus como ‘suspeita’: ‘Pagamentos estão em dia’
O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), classificou como “suspeita” a greve de ônibus que acontece na cidade nesta sexta-feira (6). De acordo com ele, é de “se estranhar” que uma das principais reivindicações da categoria seja o pagamento relativo à participação nos lucros e resultados (PLR) por parte das empresas, uma vez que ela deveria estar em dia, já que os pagamentos da Prefeitura estão normalizados.
“Eu já determinei que a SPTrans faça fiscalização total em cima das empresas para, se for o caso, sair multando para garantir o funcionamento do sistema. Não dá para a gente ter esse tipo de dúvida, se as empresas estão por trás das manifestações”, declarou. “Não há comprovação disso, não quero alegar a questão, mas é claro que é de se estranhar. Se a gente tem manifestação com ônibus de apenas quatro empresas, isso acaba ficando um pouco suspeito”, continuou.
Covas disse que é “mentira” de que os funcionários não estariam recebendo por causa de atrasos na Prefeitura e ressaltou que foi oferecido uma antecipação no pagamento para as empresas para que elas pudessem acertar seus caixas.
“Se espalhou a notícia de que os funcionários não estariam recebendo por conta de atrasos na Prefeitura. Isso é mentira. A prefeitura está em dia com o pagamento feito às empresas concessionárias de ônibus, portanto não há motivo para que eles não paguem as verbas trabalhistas devidas e negociadas em convenção coletiva. Inclusive, a Prefeitura se colocou a disposição das empresas para, se for o caso, antecipar a receita futura, para que possam resolver problema de fluxo de caixa e pagar os trabalhadores. Ou seja: não estamos apenas com as contas em dia, mas nos colocamos à disposição de antecipar a receita para ajudar a pagar”, afirmou.
Segundo o prefeito, apenas as empresas Sambaíba, Santa Brígida, Gato Preto e Ambiental estão nos quatro pontos de manifestação que acontecem, nesta manhã, no centro da cidade.
Cobradores
Questionado sobre o fim do cargo de cobrador, o tucano lembrou que “menos de 5% das passagens são pagas em dinheiro” atualmente nos ônibus de São Paulo e que, por isso, “não há sentido” em continuar com esse custo.
Apesar disso, ele afirmou que os trabalhadores não perderão seus empregos. “Conversamos com o sindicato e as empresas para que não façam novas contratações, mas readaptem os funcionários para que, ao longo do tempo, a gente acabe com a função sem ter demissões”, garantiu.
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