Covas diz que Virada Cultural precisa representar a diversidade e rebate fala de Bolsonaro
Bruno Covas concedeu entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã
A Virada Cultural deste ano na capital paulista será realizada nos dias 18 e 19 de maio e trará nomes como Anitta, Pabllo Vittar, Caetano Veloso, Karol Conka, Rashid e mais. O evento busca trazer cinco milhões de pessoas às ruas da cidade espalhadas em diversos polos.
Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, o prefeito Bruno Covas (PSDB) rebateu críticas quanto às atrações e disse que “Virada Cultural não pode ser só para a elite” e “precisa representar a diversidade”. “Se não, vai ser uma Virada que vai, entre aspas, doutrinar a população sobre o que é uma boa ou má cultura. Não é nosso papel”, declarou.
Enquanto no ano passado foram cerca de 300 pontos da Virada Cultural, Covas afirmou que neste ano serão 1,2 mil pontos e com apoio de operação da Guarda Civil Metropolitana com a Polícia Militar, para garantir a segurança da população.
Mas ele destacou: “melhor ação de segurança é a ocupação das ruas por parte das pessoas”.
Crítica de Jair Bolsonaro
O presidente da República, Jair Bolsonaro, disse que não queria que o Brasil virasse um polo turístico gay. A cidade de São Paulo, como se sabe, recebe a Parada Gay anualmente e atrai milhões à Avenida Paulista.
Ao rebater a fala do presidente, Bruno Covas disse que, mais do que dar segurança à diversidade, a cidade quer celebrar as diversidades, sejam elas sexuais, religiosas ou étnicas. “Aqui todos são bem-vindos, que a gente possa ter mais uma grande Parada [Gay] em junho. Quanto mais turista, mais emprego e renda em São Paulo. Se o Governo Federal tem qualquer tipo de receio, aqui não temos”.
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