Por risco de Covid-19, juiz suspende atividades presenciais na Alesp
No mês passado, a deputada Mônica Seixas Bonfim chegou a discutir com o deputado Douglas Garcia, que estava sem máscara durante a sessão
A Justiça de São Paulo determinou a suspensão das atividades presenciais na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). A decisão atendeu a um pedido da deputada Mônica Seixas Bonfim. Na liminar, o juiz Valentino Aparecido argumentou que a parlamentar “descreve a existência de uma situação de risco concreto e atual, diante dos sérios e persistentes efeitos que envolvem a pandemia no Brasil, ainda muito longe de esses efeitos estarem controlados”. Ele ressaltou, ainda, que “permitir atividades presenciais parlamentares em um ambiente fechado como o da Alesp aumenta o risco de contaminação [pela Covid-19] de quem estiver no mesmo local.”
O presidente da Assembleia, deputado Cauê Macris, lamentou a suspensão dos trabalhos. “Venho aqui lamentar esse tipo de posição do juiz. Nós vamos recorrer da decisão porque não entendo como justa e correta essa posição. Porém, vamos acatar e cumprir a decisão judicial,” disse. A direção da Assembleia Legislativa já recorreu. No mês passado, a deputada Mônica Seixas Bonfim chegou a discutir com o deputado Douglas Garcia, que estava sem máscara durante a sessão. Na decisão, o juiz determinou que a Alesp deverá implantar um rígido controle do acesso de servidores, deputados e do público em geral. As medidas deverão incluir controle da temperatura, uso de máscara de proteção e disponibilização de álcool em gel.
*Com informações da repórter Letícia Santini
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