CPMI das Fake News quer tentar ouvir ex-presidentes em 2020

  • Por Jovem Pan
  • 26/12/2019 06h48 - Atualizado em 26/12/2019 09h23
CRISTIANE MATTOS/O TEMPO/ESTADÃO CONTEÚDO Mulher de cabelos catanhos e roupa preta de perfil O objetivo é ampliar o debate, mas os parlamentares ainda estão divididos sobre as convocações

A CPMI das Fake News quer ter mais protagonismo no Congresso em 2020, com tentativa de convocações de ex-presidentes — apesar do resultado incerto.

A comissão foi instalada em setembro para apurar a criação de perfis falsos e ataques cibernéticos nas eleições de 2018. No entanto, com o baixo protagonismo, os integrantes querem depoimentos de Lula e Dilma Rousseff, além de Carlos Bolsonaro.

O objetivo é ampliar o debate, mas os parlamentares ainda estão divididos sobre as convocações. Os petistas, por exemplo, reagem, destacando que chamar os ex-presidentes representa revanchismo político.

O presidente da CPI, senador Ângelo Coronel (PSD-BA) avalia que a Comissão vai continuar discutindo maneiras de coibir ataques e robôs na internet. “Esse câncer, como eu chamo, tem que ser extirpado. Aqueles que promovem esse avacalhamento de pessoas pelas redes sociais tem que ser tirados dessa função e colocados na cadeia.”

Ângelo Coronel, que preside os trabalhos, lembra que a CPI das Fake News deverá durar mais três meses, a partir da volta do recesso.

Outros parlamentares, como a senadora Soraya Thronicke (PSL-MS), defendem um debate mais jurídico e menos político. “Liberdade de expressão acaba onde começa o Código Penal. Não é porque a pessoa está atras de um computador que ela pode cometer injuria, difamação, ameaça.”

A senadora Soraya Thronicke foi uma das poucas integrantes da base aliada presente em praticamente todas as sessões da Comissão.

Já os depoimentos de mais destaque da CPI foram os dos deputados Alexandre Frota e Joyce Hasselmann, que acusaram o governo de espalhar notícias falsas na internet.

*Com informações da repórter Camila Yunes

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