Cremesp aponta falta de médicos em hospitais que atendem usuários de drogas em SP; Prefeitura rebate

  • Por Jovem Pan
  • 15/08/2017 08h38 - Atualizado em 15/08/2017 14h17
São Paulo 25/05/2017 NOVA CRACOLÂNDIA - Usuários de drogas ocupam a Praça Princesa Isabel nesta quinta feira. Foto Fernanda Carvalho/FotosPublicas Fernanda Carvalho/FotosPublicas O Ministério Público de São Paulo afirmou à Jovem Pan que vai investigar a situação dos hospitais citados

Relatório do Conselho Regional de Medicina pontua falta de médicos e enfermarias em hospitais que atendem usuários de drogas em São Paulo. São três os locais indicados: Hospital João de Deus e Cantareira, zona norte; e Hospital Nossa Senhora de Fátima, região noroeste da capital.

Segundo avaliação do diretor do Cremesp, pacientes que estão ociosos nestes ambulatórios, fazem apenas o trabalho de desintoxicação.

Mauro Aranha relatou o fenômeno da porta giratória, ou seja, usuários se tratam, mas retornam à condição de vulnerabilidade social: “a insuficiência do ponto de vista quantitativo de profissionais de saúde mental para pacientes internados, alguns destes hospitais carecem até de falta de atendimento clínico. Dinheiro público não está sendo bem utilizado”.

A Prefeitura de São Paulo, por meio da coordenação do Programação Redenção, rebateu as informações apresentadas pelo Cremesp. Arthur Guerra disse que médicos foram deslocados para checar o conteúdo descrito pelo relatório: “nós não confirmamos os dados que o Cremesp aponta. Número dois, sim, precisamos fazer ajustes, programa precisa de atenção maior, mas os programas funcionam de forma de razoável para boa neste início de programa Redenção”.

O Ministério Público de São Paulo afirmou à Jovem Pan que vai investigar a situação dos hospitais citados.

Arthur Pinto Filho, promotor da área de Saúde Pública, entende que o dinheiro público pode estar sendo usado de maneira errada: “dinheiro público que sai da verba de Secretaria de Saúde, isto é, é dinheiro do SUS. O que precisamos saber é se há eficácia e chegamos à conclusão que é reduzida”.

Agora, conselhos e entidades vinculados ao segmento devem encaminhar relatórios, já consolidados, para o Ministério Público.

Em conjunto com a Defensoria Pública, se reúnem com a Prefeitura de São Paulo, para que esta, por sua vez, se adeque àquilo apontado como falha.

*Informações do repórter Felipe Palma

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