Crise da água não diminui interesse de investidor pela Cedae, diz Witzel
O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, admitiu descontos na conta de água dos cariocas em razão dos problemas da Cedae. Witzel garante que a decisão não cabe a ele – dependeria de um acordo entre a empresa estatal, a Defensoria Pública e o Ministério Público.
Ele reconhece que a população quer o desconto como uma forma de vingança pelo que passou, que seria justo, mas o valor não pode prejudicar os investimentos. De acordo com o governador, não adiantaria bancar R$ 300 mi e ter uma repetição dos problemas no próximo ano.
O governador defendeu o processo de privatização da Cedae. Um leilão da área da distribuição da água, coleta e tratamento de esgoto, está programado para outubro, e uma oferta pública de ações na Bolsa de Valores pretende vender 60% das ações da companhia.
Witzel descarta que o mau momento baixa o valor da Cedae no mercado. “Fui levantando ao longo do tempo, preparando a companhia. Tem um passivo trabalhista que nós estamos objetivando a redução, passivo cívil. É uma companhia muito complicada que eu estou arrumando e o mercado está vendo. O mercado vai ter uma visão totalmente transparente de tudo que está sendo feito”.
O governo do Rio espera arrecadar até R$ 15 bi com o leilão e a IPO. Após a privatização da Cedae, a parte que sobrar com o estado poderá ser negociada na Bolsa de Valores, 60% das ações da parte de captação e tratamento de água. Os demais 40% ficariam com o estado. A operação está prevista para o ano que vem.
* Com informações do repórter Marcelo Mattos.
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