Crise na Venezuela reacende debate entre EUA e Rússia
A demonstração antagônica de força das duas nações aparece em diversos momentos da história

A crise política e humanitária na Venezuela reacendeu o embate entre Estados Unidos e Rússia.
Apesar de os presidentes dos dois países indicarem que não pretendem interferir de forma física, ambas as nações têm interesses no território do país sul-americano.
A demonstração antagônica de força das duas nações aparece em diversos momentos da história e regiões do planeta. No contexto atual, Washington defende o restabelecimento da democracia venezuelana, enquanto Moscou se coloca ao lado da ditadura chavista.
Para o presidente russo, Vladimir Putin, estão em jogo campos de petróleo colocados como garantias de empréstimos. Já o norte-americano Donald Trump quer afastar do continente americano governos autoritários de esquerda.
Para Carolina Pedroso, doutora em relações internacionais da Universidade de Ribeirão Preto e especialista em Venezuela, o republicano também sofre pressões internas para se posicionar sobre o país sul-americano.
O acesso das empresas privadas ao petróleo venezuelano também é apontado por Carolina Pedroso como fator de interesse norte-americano.
O professor de Relações Internacionais da ESPM, Gunther Rudzit, destacou que a eleição de 2020 nos Estados Unidos também é determinante para uma tomada de posição de Donald Trump. Ele lembrou ainda que para a Rússia também é estratégico ter no quintal dos Estados Unidos um país aliado de Moscou.
A possibilidade de intervenção na Venezuela segue sendo esvaziada, já que tanto os governo de Brasil e Colômbia e a ditadura cubana não consideram a possibilidade.
Donald Trump e Vladimir Putin também não mostram interesse em comandar uma ação direta contra o regime chavista. De acordo com o presidente norte-americano, ambos procuram uma saída “sem se envolver”.
*Informações do repórter Matheus Meirelles
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