Crise na Venezuela reflete em cidades brasileiras, que cobram providências do Governo
A explosão da violência e o agravamento da crise econômica na Venezuela continuam tendo reflexos aqui no Brasil. A entrada de imigrantes nas cidades que ficam na fronteira disparou nas últimas semanas.
A convocação da Assembleia Constituinte pelo presidente Nicolás Maduro e a onda de manifestações com mortes pioraram o cenário.
Dados da Acnur, a agência da ONU para refugiados, indicam que 13 mil venezuelanos já buscaram abrigo no Brasil, mas o número pode ser ainda maior. Muitos dos imigrantes estão em situação irregular no país e a estimativa é de que cerca de 30 mil pessoas tenham cruzado a fronteira.
A cidade de Pacaraima, no norte de Roraima, é uma das mais afetadas pelo problema. O município, que tinha 12 mil habitantes, viu a população disparar e, agora, não consegue atender os novos moradores. Hospitais e escolas não têm mais vagas. Também não há oferta de emprego suficiente na cidade.
Além disso, a violência aumentou. A Secretária Municipal de Planejamento e Administração de Pacaraima, Roseany Barbosa, enumerou os problemas: “muitos venezuelanos vêm com doença para cá. A questão muito grave é de furtos, assaltos a mão armada. Tem problemática na questão da educação, porque cerca de 40% têm algum tipo de documentação de pais brasileiros e exigem escola para as crianças, mas a cidade é muito pequena e não suporta tantos alunos. Tem bandidos que entram aproveitando a situação”.
Segundo a Secretária de Administração de Pacaraima, Roseany Barbosa, os problemas se arrastam há dois anos, mas a situação se tornou insustentável.
A prefeitura afirma que já cobrou providências do governo de Roraima e da União para reforçar o policiamento na fronteira.
*Informações do repórter Vitor Brown
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