Crise separatista da Catalunha começa a cobrar a conta
A Europa observa com cautela os desdobramentos da crise espanhola. Ontem a justiça de Madri mandou prender oito integrantes do governo separatista.
Eles foram acusados de rebelião, sedição e fraude na administração da Catalunha. O presidente deposto da região, Carles Puigdemont, que está em Bruxelas na Bélgica, fez um pronunciamento na televisão exigindo a libertação de seus assessores.
Mas a verdade é que ele mesmo deve ser o próximo a ser enviado para a prisão. A expectativa é de que nas próximas horas seja apresentada uma ordem internacional de busca e prisão do líder deposto.
Sem dúvida alguma será um novo constangimento para o governo belga e para as autoridades europeias. Puigdemont afirmou que Madri renunciou ao diálogo e optou pela violência policial e o encarceramento.
Para piorar ainda mais a situação dos líderes catalães, boa parte da Espanha parece favorável à decisão da justiça de mandar prender os líderes separatistas.
O jornal El País, por exemplo, escreve em editorial que ainda que as prisões gerem dificuldades políticas, a justiça não pode deixar de atuar.
E em meio a todo o desgaste institucional ainda existe uma conta financeira a ser paga com a crise separatista da Catalunha. A região foi a que registrou o maior crescimento do desemprego na Espanha no mês passado, segundo dados oficiais divulgados hoje.
O Banco Central do país afirma que o PIB espanhol pode perder algo entre 0,3% e 2,5% nos próximos dois anos por causa da instabilidade gerada nos últimos meses. Ou seja, o prejuízo pode chegar até a 27 bilhões de euros.
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