Critério para escolha de reitores de Universidades divide opiniões
Projetos em tramitação na Câmara preveem que indicação de reitores de universidades federais atenda resultado de eleição interna. Já um decreto editado por Jair Bolsonaro atribuiu à Secretaria de Governo avalizar o nome para os cargos nas instituições.
Desde a gestão de Fernando Henrique Cardoso cabe ao presidente da República analisar as listas tríplices, mas ele não é obrigado a respeitar a escolha.
Uma audiência pública na Câmara, nessa terça-feira (8), mostrou que o assunto é polêmico e divide opiniões.
O coordenador-geral de Recursos Humanos de Instituições Federais do MEC, Webster Spiguel Cassiano, evitou os questionamentos. “Do ponto de vista da Secretaria de Educação Superior, que faz a análise administrativa e legal, o encaminhamento da lista tríplice aconteceu dentro das normas legais vigentes.”
Em contraponto ao representante do Ministério da Educação, entidades ligadas às universidades defendem mudanças na escolha dos reitores.
O presidente da Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior, Antônio Gonçalves Filho, prega a autonomia. “As nossas universidades, institutos federais e CEFET tem que ter liberdade de escolher quem que elas querem que dirijam a gestão universidade. Isso através da votação direta com voto paritário ou universal.”
Antônio Gonçalves Filho acrescenta que as instituições prezam pela democracia e a escolha também tem de ser aberta à comunidade acadêmica.
Além das universidades, os projetos na Câmara tratam da indicação para os institutos federais.
*Com informações da repórter Camila Yunes
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