Critério para escolha de reitores de Universidades divide opiniões

  • Por Jovem Pan
  • 09/10/2019 07h00 - Atualizado em 09/10/2019 10h17
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Divulgação UFG Divulgação UFG Desde a gestão de Fernando Henrique Cardoso cabe ao presidente da República analisar as listas tríplices, mas ele não é obrigado a respeitar a escolha

Projetos em tramitação na Câmara preveem que indicação de reitores de universidades federais atenda resultado de eleição interna. Já um decreto editado por Jair Bolsonaro atribuiu à Secretaria de Governo avalizar o nome para os cargos nas instituições.

Desde a gestão de Fernando Henrique Cardoso cabe ao presidente da República analisar as listas tríplices, mas ele não é obrigado a respeitar a escolha.

Uma audiência pública na Câmara, nessa terça-feira (8), mostrou que o assunto é polêmico e divide opiniões.

O coordenador-geral de Recursos Humanos de Instituições Federais do MEC, Webster Spiguel Cassiano, evitou os questionamentos. “Do ponto de vista da Secretaria de Educação Superior, que faz a análise administrativa e legal, o encaminhamento da lista tríplice aconteceu dentro das normas legais vigentes.”

Em contraponto ao representante do Ministério da Educação, entidades ligadas às universidades defendem mudanças na escolha dos reitores.

O presidente da Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior, Antônio Gonçalves Filho, prega a autonomia. “As nossas universidades, institutos federais e CEFET tem que ter liberdade de escolher quem que elas querem que dirijam a gestão universidade. Isso através da votação direta com voto paritário ou universal.”

Antônio Gonçalves Filho acrescenta que as instituições prezam pela democracia e a escolha também tem de ser aberta à comunidade acadêmica.

Além das universidades, os projetos na Câmara tratam da indicação para os institutos federais.

*Com informações da repórter Camila Yunes

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