Cúpula da CPI cria núcleos temáticos e pede apoio de juristas para trabalho no recesso
Material recolhido durante primeiros meses da Comissão será analisado por sete grupos diferentes, cada um deverá ser comandado por um senador do ‘G7’
Os integrantes da CPI da Covid-19 no Senado Federal querem aproveitar o recesso parlamentar para se debruçar sobre os documentos obtidos pela Comissão até o momento. Ao todo, mais de 1 terabyte de arquivos estão armazenados. Para analisá-los com cuidado, a cúpula do colegiado deve pedir auxílio a juristas, especialistas que trabalharão no assessoramento dos parlamentares e ajudarão na caracterização dos crimes identificados nas apurações. Para facilitar a checagem do material, foram montados sete núcleos de trabalho. Cada um deles será comandado por um dos senadores de oposição ou independentes que compõem o chamado “G7” e terá um tema específico. Um grupo será responsável por analisar documentos referentes a denúncias sobre compras de vacinas e desvios de verbas públicas em hospitais do Rio de Janeiro; outro focará na Precisa Medicamentos e nos contratos firmados entre a empresa e o Governo Federal.
O terceiro núcleo de trabalho se debruçará sobre as empresas que negociaram com o governo como intermediárias na venda de vacinas; o quarto deverá se aprofundar na questão que envolve o chamado “VTCLOG”, um serviço para receber e organizar medicamentos pelo qual o Ministério da Saúde aceitou pagar um valor 18 vezes maior do que o recomendado por técnicos da pasta. Além desses, grupos estarão voltados para análise dos documentos referentes ao instituto Força Brasil, que divulgava informações falsas sobre os trabalhos da CPI e tentou negociar vacinas com o governo; para a questão da defesa da cloroquina e para a tese do negacionismo. A expectativa é de que membros da CPI se reúnam com grupos de juristas ainda antes da volta dos trabalhos, marcada para 3 de agosto.
*Com informações do repórter Antônio Maldonado
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.