Uip evita falar em pico da pandemia e defende isolamento social: ‘É o que está funcionando’

  • Por Jovem Pan
  • 05/05/2020 08h44
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ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO David Uip Segundo o infectologista, a adoção de menos de 50% da população às medidas de quarentena é uma situação preocupante

David Uip, infectologista e coordenador do Centro de Contingência do Covid-19 em São Paulo, em entrevista ao Jornal da Manhã desta terça-feira (5), voltou a defender o distanciamento social, já que, segundo ele, ainda “não há plano B”.

“[Queda na adoção do isolamento] Preocupa mais do que decepciona, nós temos dados que esse contingenciamento, esse distanciamento social é definitivamente relacionado à melhoria das condições epidemiológicas, diminui o número de infectados, doentes e de mortes. Qualquer coisa abaixo dos 50% é muito preocupante. Infelizmente, neste momento, não tem um plano B. Não tem vacina, é o que temos e é o que está funcionando.”

Questionado sobre quando se dará o pico da curva de propagação do coronavírus no estado de São Paulo, David Uip afirmou que estão atentos e que o estado está na parte ascendente da curva.

“Com toda certeza nós estamos na parte ascendente da curva objetivando o pico. Nós estamos tendo um número importante de novos casos, estamos muito atentos para que o sistema dê conta desse pico. Estaremos enfrentando uma montanha ou o pico do Everest.”

O infectologista afirmou que, inicialmente, o estado usará todos os leitos disponíveis na rede estadual adotando, apenas se necessário, as vagas no setor privado. Entretanto, embora, segundo ele, a tendência seja que o “estado consiga enfrentar a pandemia”, isso vai depender do número de casos do coronavírus.

Isolamento e tendência de queda

Sobre a possível tendência de queda na curva de mortes por coronavírus, observada após seis dias sucessivos da diminuição de óbitos no Brasil, o Uip adotou cautela.

“O sistema epidemiológico no fim de semana prolongado é um pouco mais lento na incorporação de dados. É a expectativa, é tudo que nós queremos, que caia a curva de mortos e infectados. Mas eu prefiro esperar hoje e amanhã para termos um dado mais definitivo. Vamos esperar as próximas horas, tomara que seja desse jeito.”

 

 

 

 

 

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