Decisão final sobre impeachment de Wilson Witzel deve sair ainda em abril

Governador afastado do Rio de Janeiro e ex-secretário de Saúde do Estado Edmar Santos prestaram depoimento nesta semana

  • Por Jovem Pan
  • 09/04/2021 12h14 - Atualizado em 09/04/2021 18h03
WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO Wilson Witzel gesticula Governador afastado do Rio de Janeiro afirmou que não saiu da magistratura e entrou para a política para roubar ou desviar recursos

O relator do processo de impeachment do governador afastado do Rio de Janeiro, Waldeck Carneiro, acredita que o juízo final do mandatário fluminense sairá no fim deste mês, no mais tardar no comecinho do mês de maio. O autor da acusação de crime de responsabilidade que teria sido cometido por Witzel, deputado Luiz Paulo Corrêa da Rocha, já está encaminhando uma alegação final a essa Corte Suprema. Posteriormente, a defesa de Wilson Witzel terá 10 dias para fazer uma representação.

Em seguida, o relator do processo de impeachment vai emitir o seu parecer final para que seja votado pela comissão mista. A comissão é formada por cinco deputados e cinco desembargadores. Eles é que vão decidir o futuro do governador — se Witzel vai ou não ter direitos políticos cassados. Para que isso aconteça, são necessários sete dos dez votos. Witzel e o ex-secretário de Saúde do Estado Edmar Santos, que fez acordo de colaboração premiada com a PGR, prestaram depoimento nesta semana. O saldo, segundo Waldeck Carneiro, foi positivo — mas ainda há enigmas intrigantes em torno de contratos feitos por Santos e Witzel.

“É curioso que ninguém saiba bem quem são os donos dessas organizações sociais que tinham contratos volumosos e expressivos na Secretária de Estado de Saúde. Também é um outro enigma a questão do contrato. O governador acusado disse que não sabe bem quem autorizou.” Enquanto Edmar Santos revelou detalhes sobre irregularidades nos contratos da Saúde e do governo, o governador afastado do Rio de Janeiro afirmou que não saiu da magistratura e entrou para a política para roubar ou desviar recursos.

*Com informações do repórter Rodrigo Viga 

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