Decisão judicial sobre desastre de Mariana deixa famílias indignadas

  • Por Jovem Pan
  • 09/08/2017 08h34 - Atualizado em 09/08/2017 11h16
O rompimento da barragem de rejeitos da mineradora Samarco, cujos donos são a Vale a anglo-australiana BHP, causou uma enxurrada de lama que inundou várias casas no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, na Região Central de Minas Gerais. Inicialmente, a mineradora havia afirmado que duas barragens haviam se rompido, de Fundão e Santarém. No dia 16 de novembro, a Samarco confirmou que apenas a barragem de Fundão se rompeu. Local: Distrito de Bento Rodrigues, Município de Mariana, Minas Gerais. Foto: Rogério Alves/TV Senado Rogério Alves/TV Senado A notícia da suspensão do processo, pegou as famílias atingidas de surpresa

Após a Justiça Federal suspender ação criminal do desastre ambiental de Mariana, em Minas Gerais, famílias atingidas ainda não sabem se serão devidamente indenizadas.

Nos últimos dias uma decisão judicial suspendeu a ação após um pedido da defesa de dois réus.

Os advogados de Ricardo Vescovi, presidente da Samarco na época do acidente, e de Kleber Terra, ex-diretor da empresa, alegaram que as escutas telefônicas usadas no processo foram feitas de forma ilícita pela Polícia Federal e pelo Ministério Público.

O rompimento da barragem de fundão aconteceu no dia 5 de novembro de 2015 e deixou 19 mortos.

A notícia da suspensão do processo, pegou as famílias atingidas de surpresa.

O membro da coordenação do Movimento dos Atingidos por Barragens, Jocely Andreoli, afirmou que a decisão deixou muitas vítimas indignadas: “bastante indignação das famílias. Muitas estavam chorando quando receberam essa notícia”.

O desastre ambiental com a barragem de Fundão destruiu vilarejos da região de Mariana, em Minas Gerais, e poluiu 650 km até o litoral do Espírito Santo.

*Informações do repórter Bruno Escudero

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