Decisão judicial sobre desastre de Mariana deixa famílias indignadas
Após a Justiça Federal suspender ação criminal do desastre ambiental de Mariana, em Minas Gerais, famílias atingidas ainda não sabem se serão devidamente indenizadas.
Nos últimos dias uma decisão judicial suspendeu a ação após um pedido da defesa de dois réus.
Os advogados de Ricardo Vescovi, presidente da Samarco na época do acidente, e de Kleber Terra, ex-diretor da empresa, alegaram que as escutas telefônicas usadas no processo foram feitas de forma ilícita pela Polícia Federal e pelo Ministério Público.
O rompimento da barragem de fundão aconteceu no dia 5 de novembro de 2015 e deixou 19 mortos.
A notícia da suspensão do processo, pegou as famílias atingidas de surpresa.
O membro da coordenação do Movimento dos Atingidos por Barragens, Jocely Andreoli, afirmou que a decisão deixou muitas vítimas indignadas: “bastante indignação das famílias. Muitas estavam chorando quando receberam essa notícia”.
O desastre ambiental com a barragem de Fundão destruiu vilarejos da região de Mariana, em Minas Gerais, e poluiu 650 km até o litoral do Espírito Santo.
*Informações do repórter Bruno Escudero
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