Decisões de Barroso complicam relação do STF com o Planalto
O Palácio do Planalto sobe o tom do relacionamento, que já é tenso, com o Supremo Tribunal Federal. Desde o início da semana, Temer está inconformado com as últimas decisões do ministro.
Primeiro, a inclusão do nome dele na investigação sobre o repasse de propina da Odebrecht para a cúpula do PMDB. Depois, a abertura do sigilo bancário do presidente. Uma invasão de competência, segundo Temer, que chegou a se reunir com a ministra Cármen Lúcia.
O que fez mesmo a relação piorar foi a decisão do ministro Barroso em limitar os poderes do presidente para o tradicional indulto de Natal. Em canetada, o ministro excluiu do perdão os condenados por corrupção ou crimes do colarinho branco.
Líderes governistas disseram que ele usurpou poderes do Congresso, da Presidência e do plenário do Supremo e ameaçam com processo. O ministro Carlos Marun chegou a dizer que pode abrir processo contra Barroso por descumprimento da Constituição.
Por determinação de Temer, a Advocacia-Geral da União pediu que o indulto fosse julgado no plenário do STF.
*Informações do repórter José Maria Trindade
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